26/11/2010

Vigilantes do Super Fácil estão há seis meses sem receber

A peregrinação dos vigilantes que prestam serviços para o Estado ainda vivem momentos de angustia, principalmente aqueles que oferecem segurança ao Super Fácil.
Os atrasos salariais já chegam há surpreendentes seis meses sem salários. “Dessa forma não tem como uma família sobreviver, é humilhante a nossa situação perante a família e devedores. É constrangedor, e mais revoltante é que ninguém nos repassa nenhuma posição do pagamento”, disse um vigilante.
Como forma de protesto, os profissionais não estão cumprindo os serviços na área interna do órgão, criando um posto de serviço fora do prédio.
Na manhã de ontem, os vigilantes da empresa LMS, que prestam serviços para a Secretaria Estadual de Educação (SEED), aguardavam ansiosos o pagamento que foi assinado pelo governador Pedro Paulo, na noite da última quarta-feira (25), autorizando o pagamento de dois meses. “Estamos apenas aguardando que o secretario de finanças assine o cheque, talvez amanhã esteja na conta o nosso dinheiro. Iremos aguardar, o importante é que o governador já autorizou esse pagamento, mas infelizmente outros colegas ainda estão sem previsão de pagamentos”, informou Zé Maria, coordenador do movimento.
De acordo com informações, os profissionais lotados na administração municipal que enfrentavam dois meses de salários atrasados, garantiram que a Prefeitura assegurou o pagamento para hoje (26). “A PMM já garantiu o nosso salário, acreditamos na palavra deles, e com certeza vai ser um presente de natal para todos os companheiros”, destacou um profissional. (Franck Figueira)

Sem apoio
Durante todos os protestos dos profissionais, o Sindicato dos Vigilantes do Amapá (Sindviap) não participou de nenhum movimento da classe. De acordo com os profissionais, a ausência do sindicato foi escolha dos próprios vigilantes. Segundo informações, o presidente do Sindviap, Siqueira do Carmo, defende interesses apenas de uma empresa, que seria a Amapá VIP, pivô de uma investigação federal que resultou na prisão do seu proprietário, Alexandre Albuquerque. Nos grampos telefônicos da PF, Siqueira mantinha contato direto com Alexandre, nas questões de interesse únicos da empresa. “Não queremos ele nem pintado de outro, ele não merece defender os nossos interesses, a ligações provaram que ele defende apenas os interesses dos empresários”, garante M.S.P. A reportagem do JD procurou Siqueira, que preferiu não comentar sobre o assunto.

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