27/11/2010

Grande índice de violência no Araxá é alvo de Operação da DTE

O grande índice de violência no bairro do Araxá, aliada aos recentes homicídios, que somente neste final de semana registrou oito mortes, levou a Policia Civil a desencadear uma operação de busca e apreensão no local.
Batizada de “Araxá em Paz”, a Operação cumpriu cerca de oito mandados de busca e apreensão em várias residências consideradas como pontos de comercialização de drogas. Dos locais, os investigadores encontraram entorpecentes em três residências, armas e munições em cinco casas.
A ação do Departamento de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), contou com o apoio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio Público (DECCP), NOI, GTA, DECIPE e UATE .
Segundo o delegado Sidney Leite, titular da DTE, a disputa por pontos de comercialização de drogas é a principal causa dos recentes homicídios registrados no Araxá. “Sabemos que essa disputa vai além de rixas ou outro fator, é o espaço que os traficantes desejam para expandir seus negócios, mas já estávamos monitorando todo o movimento deles”, assegura.
A Operação apreendeu uma pistola ponto 40, uma arma calibre 12, várias munições, cinco armas brancas, além de uma balança de precisão, uma quantia em dinheiro, sacos plásticos, giletes e linhas.
O titular enfatiza que apesar da pouca apreensão de drogas, a balança, linhas e sacos plásticos encontradas nas residências são fortes indícios da comercialização de entorpecentes. “Apesar de não ter grande quantidade de drogas, podemos sim enquadrar as pessoas em tráfico de drogas porque aqui foram encontrados todos os instrumentos usados para a preparação da droga para ser comercializada”, destaca.
Seis pessoas foram presas na Operação: Manoel Nerisvaldo Gomes Coutinho (o Neném), José Rodrigues Freitas Leão, Lucerlon Campos de Almeida (o Lutiê), Rosivaldo Gonçalves Pacheco (o Louro), Amilton de Almeida Porta Junior e Geovane dos Santos Pinheiro (o Pê).
Segundo Sidney Leite, a maioria dos envolvidos já tem passagem pelo Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas e assaltos.
Durante a ação, Rosivaldo Gonçalves Pacheco, “o Louro”, foi o único a reagir à prisão, tentando usar a força para escapar das mãos dos policiais, porém, em vão.

Armas
Durante a coletiva, o delegado revelou que as duas armas apreendidas na Operação pertencem a Polícia Civil. Elas foram subtraídas do depósito da instituição, arrombado em junho deste ano, ocasião em que levaram mais de 80 armas da instituição.
“Identificamos as armas e pertencem a Policia Civil, aquelas que foram roubadas do depósito. Ainda há muito a investigar e a nossa missão é dar continuidade, e tem outras de grande porte que precisam de definições, mas é cedo para falar”, frisou o titular da DTE, assegurando que a Operação “Araxá em Paz” terá continuação.

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