27/11/2010

Escolas da zona norte de Macapá ameaçadas pela violência

Escolas da zona norte de Macapá devem fechar o ano letivo com problemas. Tudo por conta da onda de violência que tem levado pânico entre alunos, pais e professores.
Uma dessas instituições é a Escola Estadual Raimunda dos Passos Santos, localizada no bairro Novo Horizonte II. Segundo os professores, alunos envolvidos com gangues e o tráfico de drogas tem transformado a escola em palco de conflitos. “Não temos mais segurança para ministrar as aulas aqui. Geralmente esses alunos problemáticos entram armados para as salas de aula. Aí eles fazem o que bem entendem: desrespeitam professores, querem matar alunos e a gente fica impossibilitado de fazer qualquer coisa, pois não temos a segurança necessária para tomar qualquer providência”, comentou um professor que preferiu não ser identificado.
Esta semana, os professores fizeram um ato em frente a escola tentando chamar a atenção das autoridades para o problema.
O bairro Novo Horizonte é policiado ostensivamente, porém, policiamento escolar não existe.
Os pais dos alunos também são afetados pelo problema. “Não temos a certeza de que nossos filhos vão para a escola e voltarão com saúde. Sempre que eles saem para estudar fico preocupada, uma vez que esses marginais não respeitam quem quer que seja”, comentou a mãe de um dos alunos.
Até mesmo os professores são alvos da onda de violência.
Os relatos da falta de respeito com os educadores são freqüentes. “Outro dia um desses alunos envolvido com gangues ameaçou um professor porque o mesmo deu uma nota que ele não esperava”, comentou um dos educandos.
Outra instituição que também está ameaçada pela ação das gangues é a Escola Estadual Rivanda Nazaré, também no bairro Novo Horizonte. Lá a situação é parecida, onde a falta de segurança tem levado os alunos a ficar sem aula. “As ameaças são constantes. Temos muito medo de, a qualquer momento, uma gangue invadir a sala de aula e matar o professor ou qualquer aluno”, comentou uma estudante identificada pelas iniciais L.M.
Para os professores, a suspensão de alguns dias de aula deverá refletir, diretamente, no final do ano letivo. “Vejam a que ponto chegamos. Estamos tendo dificuldade de concluir o ano letivo por conta da ação das gangues. É necessário mais do que nunca que a segurança pública repense a forma de agir perante os alunos e os professores que são os maiores prejudicados”, concluiu um outro professor.

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